quarta-feira, outubro 28, 2009

Quando me amei de verdade

Tenho transcrito mais do que criado. Estou em uma fase de ouvir mais do que falar. Sou grato pelo o que aprendi, pelo o que me fez rir e pelo o que me fez chorar.

Penso na forma tão leviana que as pessoas teimam em dizer que se amam. Blefes que tentam esconder a angústia da incerteza e da insegurança. Não é de todo a falta de autoestima, mas estimam o objeto errado. Amam seus músculos, seus bens, suas conquistas... estudam formas de transparecer seu portento displicentemente para se sentirem bem com a expectativa da admiração, mesmo que anônima.

Transcrever algo que nos toca transcende o hábito de repassar e-mails, compartilhar ideias ou ajudar a difundir uma corrente. Fiquei feliz ao me identificar com essas palavras e vislumbrar mudanças em minhas atitudes, minha personalidade, de forma tão significante praticamente de um dia para outro. Afinal, quando que largamos os brinquedos de infância? Quando foi a última vez que sua mãe te deu banho? Quando você largou a chupeta? Simplesmente acontece. E que delícia esse cheiro, esse gosto do porvir!



Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar.

Hoje sei que isso tem nome Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional não passam de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.Hoje vivo um dia de cada vez.
Isso é Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é Saber viver!!!

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