terça-feira, agosto 07, 2007

Alô, som... som...

Testando uma extensãozinha para postar de qualquer janela do Firefox.

Um dos meus comediantes favoritos, Chris Rock, disse uma vez em um de seus shows sobre a últma invasão ao Iraque pelos Estados Unidos: "...Eles dizem que o Iraque... Ah o Iraque é muito perigoso! Devemos acabar com o Iraque! - Perigoso é o cacete! Que diabo de nação perigosa é essa que é dominada em uma semana??? Nem o Bronx é dominado em uma semana!". Particularmente cito a Rocinha ou a Cidade de Deus quando comento esse trecho com amigos que ainda pensam que Chris Rock é aquele cara que contracenou com Jackie Chan em A Hora do Rush, o Chris Tucker. Mas tá valendo.


Rock à esquerda


Senti pena dos EUA após uma chamada para um especial do Discovery Channel apontando a iminência de ataques ao Irã. Como sempre, ao sentirem-se ameaçados resolvem atacar primeiro. Depois fazem alarde quando é um policial militar carioca que na dúvida mata o estudante de bonezinho aba reta com perfil similar a de um bandido temendo pela sua própria vida. Ambos são como animais selvagens acuados que atacam por instinto. Estamos em Era de reciclagem: os primórdios estão de volta. Quando o homem decidiu abrir mão de sua autonomia para o Estado a fim de viver em ordem. O problema é que essa atitude já foi tomada e mesmo assim não está dando resultado. O povo cada vez mais existe para o Estado invertendo seu propósito. E agora Barnabé?


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segunda-feira, agosto 06, 2007

Hã? Não entendi...

Quer tirar um taurino do sério (digo taurino porque sou um, de fato, e isso me tira do sério!) é fazer uso do “hã?!” como início de frase. Não há circunstância em que o seu emprego seja bem visto. Pode indicar de falta de atenção do ouvinte a deficiência de expressão do interlocutor. Agora me diz qual é pior: falar para uma porta ou te apontarem como um ser que mal consegue se expressar?

Quando me surgiu essa indignação, achei que seria fácil discorrer profusamente sobre ela. Talvez esteja mesmo com déficit de expressionismo – se é que existe tal.

Para não ficar em poucas linhas, vou aditar uma reflexão sobre o post anterior. Seria fácil sentir mudita após ter perdido a carteira: “Ahhhh perdi cinquentinha... mas quem achar vai ficar tão feliz! Ai que bom!”??? Difícil! Não é à toa que faz parte de uma filosofia que se abstêm do materialismo!

Ainda no mesmo nível, me peguei em auto-apreciação e me repreendi por achar um grande feito ser íntegro frente a pessoas desatenciosas e, em certo grau, inocentes que me ocorrem em meu local de trabalho. Repreendo-me, pois isso não é opção, é obrigação. A Justiça há de ser banalizada! Indignação sim, enquanto atos de honestidade virarem notícia do Jornal Nacional e a falta de “esperteza” dos que não se aproveitam de situações indecorosas motivo de chacota. Indignação que corrobora a abstenção do dever mútuo que poderia fazer a grande máquina da sociedade voltar a funcionar devidamente. Desde que o mundo é mundo (ao menos para mim) tudo o que se faz acaba voltando de qualquer forma. Pelo sim, pelo não, pra que arriscar? Pra petiscar?

quarta-feira, agosto 01, 2007

Schadenfreude

Churrascão na praia, desde o início da confraternização teu santo não bateu com o do colega de trabalho do seu amigo que aproveitou a brecha e adentrou seu círculo social com imenso ar soberbo e começa a querer mostrar-se melhor em todas as atividades e assuntos eventuais. Quando surge a oportunidade da prática de um esporte mais radical, o felizardo após alguns decilitros de álcool na mente despreza os conselhos dos mais experientes, arrisca-se em uma manobra de alto grau de dificuldade e se arrebenta todo de forma espetacular – Schadenfreude nele! Você nunca o havia visto, ele não xingou sua mãe, não pisou no seu dedinho, mas a felicidade que você sente pelo simples fato dele ter se dado mal é a pura personificação desse termo alemão que como o nosso “saudade” não tem tradução integral para outros idiomas.

É apontado por alguns como o oposto do termo Budista mudita que se traduz no regozijo sobre a felicidade dos outros (algo eticamente muito mais bonitinho). O lado cômico fica pela reflexão sobre que para sentirmos alegria pelo sucesso do próximo temos que no mínimo ter um conhecimento superficial de sua personalidade. Agora, se pode estar cruzando a rua em um local nunca antes explorado e observar um transeunte caindo de sua bicicleta e... lá está você, por mais preocupação que te possa sobrevir, experimentando schadenfreude com alguém que nunca exerceu qualquer influência em sua vida. E quando aquele seu amigo estabanado escorrega todo errado, você se preocupa e depois de ajudar a levantar dá aquela risadinha: “Poxa fulano, deu mole! Hahaha!”. Schadenfreudinho, porque é amigo!

“Neid zu fühlen ist menschlich, Schadenfreude zu genießen teuflisch. (Arthur Schopenhauer)” - Sentir inveja é humano, gozar da Schadenfreude é diabólico. Ministério de saúde adverte: reprimir schadenfreude causa úlcera. Expô-lo causa constrangimento alheio.

P.S.: Só pra constar: "Chá-den-frãulde"!