quinta-feira, outubro 22, 2009

É... acordei e constatei que a vida acabou, o sol não saiu do lugar, o vento não parou de soprar e o mundo não parou de girar.

Amigos aconselhando, familiares consternados e coração apertado. Situação difícil que a gente sabe que passa, mas dói pra cacete. Pensamentos correndo à toda, a gente começa a achar que tudo que dizem ou fazem é um sinal, tudo que é música parece que fora escrita em homenagem ao nosso momento.

Mas se é pra escolher uma música, vou de "Sentimental demais" do saudoso Nelson Gonçalves, passando por "Faz tempo" da baianíssima Ivete e termino com "O que é, o que é" do mestre Gonzaguinha, afinal,
"E a vida...
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...

(...)

Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer..."


Enquanto escrevo este a Ivete tá cantando em meu ouvido:

"No céu a Lua
Que um dia eu te dei...

Pra brilhar
Por onde você for
Me queira bem
Durma bem
Meu amor..."

Sem temer a pieguice extrema concluo com Drummond sabendo que daqui a algum tempo irei reler isso aqui fazendo chacota dessa sensação de final de novela que encharca meu peito hoje:

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

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