sábado, janeiro 12, 2008

Brilho eterno de uma mente...

Há quem duvide do meu gosto por filmes. Mas o tema desse filme é irresistivelmente tentador: excluir da mente as informações que quiser. Se a gente pudesse apagar o que machuca mas manter o que aprendemos com a situação, talvez seria uma boa!

Quando inventarem um gerenciador de memória humana haverá uma revolução... Mas a maior de todas. Serão descobertos novos gênios, que não sabiam utilizar as ferramentas para transmitir sua genialidade, embaixo de montes de timidez, insegurança e ignorância. Claro, ignorância. Não vamos confundir sapiência com inteligência. Tenho idéias rompantes, ebulições de pensamentos desconexos que com o sintetizador de memória bastaria, ou plugar atrás da cabeça igual a Matrix ou encaixar sobre a cabeça como um daqueles secadores de cabelo que vemos nos salões em filmes, e começaria a enxurrada de pensamentos sendo digitalizados. Daí usaríamos uma google search e separaríamos o filé, e pronto: provas gabaritadas com facilidade, livros, filmes, projetos – tudo prontinho.

Enquanto não inventam essa maravilha, a genialidade fica por conta dos que conseguem agregar inspiração e conteúdo com a melhor expressão nas maneiras tradicionais da arte. Um grande estímulo é a tristeza. Alguém disse que “a arte é triste. Pois tudo que realmente tem significado na arte provém da dor”. Que o diga Renato Russo e Cazuza. Sade e Cartola!

Ainda mais porque a felicidade é efêmera. Damos mais valor na vida ao que é raro. Óbvio. Ninguém dá valor à tristeza. A conclusão é lógica. Quando estamos felizes não estamos nem aí para quando estávamos down. Mas a recíproca... “ah como eu era feliz e não sabia...”, “como foi bom aquele carnaval...”, “se eu soubesse tinha aproveitado mais...”. Entre os “se” e os “talvez”, os goles e os prozacs, a gente vai escrevendo nossa história mais a torto que a direito.

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