sexta-feira, janeiro 25, 2008

Déjà Vu e afins

Esse tal de “Dja-van” metido a francês besta já rendeu algumas conversas de bar, ou pelo menos o início, que então enveredava, se com mulher, para os astros e como eles influenciam nossas vidas, e se com amigos, para mulher mesmo ou futebol. Já ouvi que se trata de uma falha no cérebro que ao gravar o que está acontecendo ele faz uma leve pré-gravação, e quando registra o fato corrente pra valer, você tem a impressão que o mesmo já ocorreu há tempos atrás, isso tudo em frações pequeníssimas de segundo. Também já me cuspiram que quando dormimos, migramos mentalmente a uma linha paralela a nossa do tempo consciente, que presenciamos acordados, e de lá vemos à frente no tempo. Essa de lambuja ainda respalda as premonições. Quem me falou essa última foi uma bacharela em filosofia. Óbvio que não sei qual tem pé ou cabeça, mas que acontece, acontece. Premonições então... não estou falando em simples pressentimentos, mas sonhar ou vir em pensamento que algo irá ocorrer e voi la! Contra fatos não há argumentos, que me perdoem os céticos.

Outro legalzinho e menos perceptível aos incautos, é um registro subconsciente que o cérebro faz ao captar ondas sonoras conscientemente inaudíveis. Daí o que ocorre: começamos a cantarolar uma canção e após alguns minutos a ouvimos em algum carro, alguma casa, ou alguém que também a registrou chega cantando-a próximo a nós. Uma teoria um pouco crua, mas é em essência o que acontece.

E quando você nunca ouviu falar de um assunto, e após tomar conhecimento, passa a ouvir citações em filmes, cartazes, séries de TV, livros...? Um exemplo que me veio, que inclusive lembrou-me de discorrer sobre tais assuntos, foi o antes e depois de ouvir falar de Bukowski. Li sobre esse poeta em um blog. Depois disso, na primeira semana só faltou eu descobrir que meu nome ia ser Charles [Bukowski]! Filme sobre Chinaski, citações pela internet, livros do cara, até uma personagem em um filme francês às 5 da manhã, daqueles que você fica se perguntando sobre as outras duas, três pessoas que devem estar assistindo ao mesmo que você, me surpreendeu citando o infeliz! Sabe?! É muito bizarro essas coincidências ininterruptas! E o pior é que elas coincidem com outros também! Coincidências coincidentes!

Algo semelhante acontece quando passamos a conhecer alguém com quem sempre convizinhamos e não o notávamos, e de repente se vê a pessoa por todo o lado, parece que antes a mesma nem existia! Esses casos acredito ser uma associação direta que o cérebro realiza, exclamando para algo que já se tenha algum registro: “calma aí, você conhece esse mané!”, “opa! Bukowski! Você já ouviu falar desse troço, preste atenção.”.

De qualquer forma, é sempre bom ter o que dizer sobre banalidades para pessoas impressionáveis, ainda mais porque na maioria das vezes elas só querem saber de serem impressionadas. Mr. Cobain deve ter pensado nisso quando clamou: “Here we are now, entertain us”. Se não pensou, deveria, pois caiu como uma luva! Falei!

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