quinta-feira, novembro 24, 2005

Não deixando a peteca cair...

Tem horas que você cansa de escrever o que os outros querem ler. Pois é muito fácil escrever o que vêm à mente ou ao coração. Mas a boa leitura, percebe-se que foi escrita com o coração e o cérebro. O leitor sente a inteligência com o grau certo de emoção. Qualquer um pode sentir isso e verificar a prova real. Pegue um livro de Física e lia suas páginas, as quais no final, não sentirá comoção ou algum tipo de paixão, a não ser, há de convir-se que não é muito comum, mas algum entusiasta da Física pode vir a derramar lágrimas ao deparar-se com um problema que o tenha levado a executar inúmeros cálculos e o uso extremo de raciocínio para chegar à uma resolução. O júbilo da conquista de um cálculo matemático, não pode ser comparado a emoção, que aproxima-se do amor, do aflorar dos sentimentos que pode-se ter em relação à outro ser humano. Há alguns dias atrás consigui enxergar na beleza das simplicidades e ocasionais eventos, mais uma analogia sobre o amor: É como o aroma de um bom perfume, por maior esforço que faça, não se consegue reproduzir mentalmente a fragância exata do mesmo, mas ao senti-la, instantaneamente tem-se noção do perfume. O amor, igualmente, não se sabe dizer com todas as palavras, como se faz senti-lo, mas ao presenciar o seu efeito, é impossível confundir-se. Tanto no perfume, você pode trocar os nomes, mas em seu íntimo, sabe exatamente o que é, como no amor, você pode em primeira instância iludir-se achando que é outro sentimento não tão profundo, mas tudo já está muito claro à seu coração e à todos as outras partes do seu íntimo, como num instante mágico, lhe revela o que tu sempre soube: É amor.

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