domingo, dezembro 25, 2005

Inventado, porém copiado.

Todo fim de ano, perto, ou no dia do natal sempre têm os dois lados: Os que vão na onda do "espírito natalino" e aqueles que criticam o tal "feriado consumista" e até param e escrevem um texto no seu blog ou outro site em referência ao assunto.

Haha, eu me considero no meio termo. Que pra alguns é a pior das bestas, porque de um ponto de vista digital que entende em binários - 0 ou 1, ligado ou desligado - há de se ter sempre um ponto de vista bem definido. Mas o meu é bem simples e objetivo: Se traz tanta felicidade para alguns, ao mesmo tempo que só traz jactância e desgosto à outros, valeria até mais de um natal por ano, mas talvez estragaria a "santidade" da data, já que só ocorre uma vez ao ano e talz... (óóóóóóó). Tanto faz. Desde que seja feliz, tá valendo. Afinal, há quem pagaria por ao menos um dia de felicidade ao ano, e se ela vem de graça, porque não abrir os braços e acolher até a hora em que acabar, e acordarmos em um baque surdo e lembrar das contas, das brigas e de que mais um ano passou, mais outro está vindo...

Eu ia escrever algo baseado nisso que está aqui em baixo. Mas de forma pouco elaborada, o texto abaixo traduz alguma parte do sentimento de impotência que infligimos a nós mesmos. E por que não: Feliz Natal!

Impossível é uma palavra.
Uma palavra que inventaram para qualificar algo que ninguém tentou antes, e que por isso todo mundo pensava que era impossível.
É talvez a expressão mais utilizada em qualquer língua desse planeta, atrás apenas de "sexo", "sim" e "cuidado!".

Voar, impossível.
Transplante de coração, impossível.
Galileu deve ter ouvido um monte de impossíveis na vida.
Eu digo com toda certeza meus amigos, impossível foi uma palavra criada num domingo a tarde na frente da TV por alguém com preguiça de pegar um copo d'água para a própria mulher.

Desde então tornou-se um mantra na boca de acomodados, chatos, quadrados, obtusos, tristonhos e preguiçosos em geral.
O impossível é apenas um lugar que ninguém ainda foi, mas que está de portas abertas para quem tiver coragem de entrar.

O gol de chapéu que Pelé fez na final da Copa do Mundo em 1958 morava no impossível.
"Imagine" de John Lennon, também morava lá.
Até que anos atrás ele sentou ao piano e compos uma canção sobre renovação, paz e sobre o poder de conquistar o impossível.

Ah, você vai dizer, mas isso é coisa de gênio.
E eu lhe respondo, que os flamingos voam 12 mil quilômetros da Ásia a América do Norte todos os anos para procriar e voltam.
Nunca soube de um flamingo gênio.
E eles fazem o que muita gente chama de impossível.

Da próxima vez que disserem que isso ou aquilo é impossível, fale sobre Lennon, sobre Pelé, sobre os flamingos, sobre o escambau, mas não deixe de tentar.
Quando falarem que o amor é impossível, que a paz a é impossível, não de ouvidos.
O impossível transforma as pessoas em chatos, faz você se sentir mais velho, mais gordo, mais triste.
E de repente, num belo dia, você acha que tomar cerveja com os amigos é impossível

O impossível, meus amigos, só existe na cabeça dos acomodados.
Keep trying, keep playing, keep shining.

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